sábado, 30 de julho de 2011

A Conteira

Por toda a ilha, uma das espécies mais abundantes é, certamente, a conteira, Hedychium gardnerianum, devido à rápida proliferação aquando da sua reprodução e é uma planta infestante. A conteira é oriunda dos Himalaias, não se sabe como pode ter sido introduzida e, apesar da sua aparente beleza, não se conhecem os efeitos positivos desta planta, nos Açores.

Antigamente, era utilizada para embrulhar queijos de cabra frescos e muitas pessoas costumam sugar o líquido adocicado presente nas suas flores. A sua abundância pode remeter a sérios problemas futuros, como por exemplo derrocadas de terra, pelo peso acumulado dos seus bolbos. Pode ajudar a combater a propagação de Hedychium gardnerianum, por exemplo, enquanto desfruta de uma bela caminhada num trilho. Erradicando as novas plantas em crescimento, ou partir algumas já crescidas, evita-se com que estas se multipliquem.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Espécies Endémicas versus Espécies invasoras

Em biologia é comum ouvir-se falar de determinadas espécies que são endémicas, ou outras que são invasoras / infestantes, mas muita gente permanece sem saber o que tal designação significa, na realidade.
É por isso que antes de começarmos a mostrar o trabalho que temos vindo a desenvolver, numas breves palavras esclareceremos o assunto a quem não sabe, e no futuro, ajudar-nos a manter o equilíbrio do ecossistema açoriano.

Quando falamos de espécies endémicas (Endemismo, do grego endemos, em português, indígena), significa que uma determinada espécie se desenvolveu espontaneamente numa região restrita, ou seja, só existe naquele local e não é encontrada em mais nenhum lugar do mundo. Isto, porque devido a mecanismos de isolamento, as espécies separaram-se e, ao reproduzirem-se, deram origem a diferentes linhas evolutivas, espécies exclusivas de uma determinada localização geográfica e que desempenham um papel fundamental naquele ecossistema.

Quanto às espécies invasoras, significa que aquela espécie pode ter sido introduzida pelo homem propositadamente, ou acidentalmente (como é o caso de espécies que vêm agarradas aos cascos dos navios) numa região onde antes não ocorreria espontaneamente e que se proliferou demasiadamente, devido à sua rápida forma de reprodução. Assim, estas espécies tornam-se em autênticas pragas, constituindo uma ameaça à conservação das espécies nativas, da biodiversidade da região.

Por isso, é urgente o combate às invasoras, porque têm vindo a invadir e a destruir diversas áreas naturais, contribuindo para o desaparecimento das espécies endémicas que, actualmente, constituem uma pequena amostra, do que já existiu, da floresta de Laurissilva nos Açores, um dos biomas mais importantes que devemos conservar.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Bem-vindo!

O Vulcão da Biodiversidade surgiu da iniciativa de dois alunos do curso de Biologia da Universidade dos Açores, Tiago Menezes e João Maurício, no âmbito do programa Estagiar U, orientados pelo Dr. Luís Noronha.

O nosso papel começa no concelho da Ribeira Grande, através do reconhecimento e exploração de percursos pedestres (ou propostas destes), com o objectivo de identificar toda a fauna e flora existentes neles, bem como conhecer a geologia que caracteriza a região, fazendo referência à erupção de 1563 do Pico do Sapateiro e da Lagoa do Fogo.

A nossa missão estende-se, também, a divulgar e dar a conhecer as espécies de plantas endémicas dos Açores, plantas infestantes e exóticas, o que fazer de forma a dinamizar a proliferação das espécies nativas e diminuir a multiplicação das infestantes.